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quarta-feira, 30 de março de 2011

Exposição no Tribunal de Justiça do ES

Sou uma menina apaixonada por arte, cultura, desing e arquitetura. Eu sou do tipo de pessoa emotiva, sentimental e a arte exerce poder positivo sobre minha alma! Permitam-me este exagero poético mas, eu sou do tipo de apreciadora que chora ao ver seu quadro favorito no MOMA (NYC), no Metropolitan (NYC) e no MALBA (BsAs). Ao mudar-me para Vitória-ES estava consciente que abriria mão da minha vida cultural em prol de um bem maior: contribuir para alavancar a cultura do meu novo estado: ES.

Quando morava no Rio e trabalhava na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro tinha o privilégio de desfrutar dos corredores culturais da cidade maravilhosa. Inclusive elegi o preferidinho do "Corredor Cultural do Centro do Rio": o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Eu tenho uma relação espiritual com aquele lugar, eu creio que tenha vivido por lá em outras vidas! Falando detalhadamente é bem mais que um corredor, palavra que denota sensação de frio e solidão. Chega a ser um raio de km que respira e exala cultura. Por lá também têm: a Casa França Brasil, o Museu do Paço Imperial, o Centro Cultural dos Correios e o Museu do Tribunal  Regional Eleitoral.

Quando trabalhava na Praça Pio X, em frente à Igreja da Candelária, almoçava nos bistrôs localizados dentro do Centros e literalmente respirava e consumia cultura. Aguçava o meu paladar poder me deliciar com um saudável quiche com saladinha e enquanto fazia a minha digestão, aproveitava para apreciar obras de artistas renomados e reconhecidos nacional e internacionalmente.

Em reuniões e conversinhas informais com outros colegas de trabalho me sentia atônita quando alguém me confessava, envergonhado, que JAMAIS tinha adentrado aquele poço de cultura acessível gratuitamente e literalmente do outro lado da calçada. Por conta de meu interesse pessoal e afinidade com as belas artes, fui escolhida para representar o meu antigo Chefe, há época Secretário Municipal, em reuniões dos grupos de trabalhos dos projetos de revitalização da cidade maravilhosa. Entre eles o do Pólo Cultural do Mercado da Praça XV, onde existe a Bolsa de Valores, um prédio moderno e imponente, em meio à construções que datam à época da Monarquia.

Aquele contraste arquitetônico entre o antiquíssimo e o moderníssimo me fascinava e despertava o meu interesse pela história de vida daquelas pessoas que viveram ali três sêculos antes de mim! Sentia-me privelegiada por estar naquele pedaço de calçada que Carlota Joaquinha pisou e causou. Imagino que deva ser a mesma sensação que vou sentir quando chegar ao Leste Europeu. A partir daquele dia decidi que iria ampliar os meus conhecimentos jurídicos para além mar e advogada que sou, matriculei-me nos cursos livres de férias da Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), que além de uma Instituição de Ensino que oferece curso de extensão preparatório à carreira de Juiz, também possuía cursos livres em áreas análogas ao Direito, tais como: História da Arte, Literatura, Filosofia, Sociologia e Antropologia. Tudo funcionando dentro do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

Sentia-me repleta por desfrutar  e usufruir de tudo o que a cidade tinha a me oferecer. Voltando à minha realidade atual, agora eu, confesso, envergonhada, que meu Estado Novo, ES, apesar de possuir profissionais qualificados e empreendedores, ainda não dispõe de apoio integral do Poder Público em prol da disseminação cultural. Omissão. Depois de um ano e seis meses em Vitória, me sinto instigada a voltar ao Governo e contribuir para o crescimento da História Cultural capixaba. Pretensão? Não! Funcionalidade!

Mas, a vida é doce e sim, ela ainda é capaz de me revelar boas surpresas e ontem fui surpreendida com mais umas dessas surpresinhas inesperadas gostosas de sentir. Feito providência dívina, a filha "pródiga" voltou a consumir cultura, imagine só: dentro do Tribunal de Justiças mas, dessa vez o do ES. Está em exposição no TJES alguns quadros do artista Bruno Camilo, que preciso conhecer logo!

Existem quadros inspirados em Tarsila do Amaral, Monet e Romero Britto. Tenho confissões importantes a registrar: o MEU "Abaporu" de Tarsila do Amaral é o meu quadro preferido. Tive a oportunidade de vê-lo de pertinho, de ficar cara a cara com ele em Buenos Aires e chorei! Sim, comecei a me debulhar em lágrimas de emoção e depois de alguns minutos bateu aquela vergoinha que logo passou quando vi tantos outros extrangeiros como eu emocionados e reunidos envolta de um quadro tão poético.

Meu ap é repleto de quadros ao chão, nas paredes e sob os móveis. Eu tenho uma réplica do "Abaporu" ao lado do meu computador, me inspirando nas escritas da madrugrada e uma simpática florzinha de Romero Britto sob o sofá. Sob a TV está a Linéia dos Jardins de Monet, me vigiando! Sou totalmente refém do tempo e o quadro "A persistência da memória" de Salvador Dalí também é sonho de consumo juntamente com "A Noite Estrelada" de Van Gogh. Nem preciso informar que tb chorei quando nós nos "reencontramos" no MOMA em NYC! rs Minha felicidade estará completa quando pendurar minha réplica do quadro os "Doze grassóis numa Jarra" de Van Gogh na minha sala de estar.

Compartilho e convido vocês para a Exposição no espaço cultural do TJES: Rua Desembargador Homero Mafra, 60, Enseada do Suá, Vitória, ES:


The Hug de Romero Britto

 Me fez lembrar do Pão de Açúcar mas é Vitorinha!

 Sds de Olinda e suas casinhas multicoloridas.

 Que lindo! Parecem flocos de algodão!

 Jazz Stylish Cat!

 Abaporu #preferidinho EVER.

 "O Aquecimento da Bailarina".

Momento Monet.

 Uma "Floricultura Parisiense".

Esse vale a visita: Vitorinha ao cair da tarde. O quadro brilha feito luzes que se acendem! #magia

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